Não é à toa que durante uma entrevista de emprego, o recrutador faça perguntas para checar se os valores do/a candidato/a estão alinhados com os próprios valores da empresa.
O objetivo é verificar se eles se complementam, o que se conhece hoje do termo em inglês como Culture Add, assim aumentam as chances de uma relação ganha-ganha entre empregador e empregado.
Do lado do/a candidato/a, para chegar aos seus valores, um passo anterior se faz necessário: o autoconhecimento.
Autoconhecimento é aprender mais sobre nós mesmos.
Para iniciar esse processo, um dos primeiros exercícios que costumo fazer com os meus clientes, é a identificação dos seus valores pessoais, pois estes formam os princípios subjetivos que regem a vida de cada um de nós.
Uma vez que nossos valores pessoais estão claros para nós mesmos, fica mais fácil identificar as fontes de insatisfação na vida, como por exemplo, no trabalho.
Quando alguém não sabe com clareza seus próprios valores, ou seja, seus guias na vida, certos conflitos podem refletir em outras áreas da vida, que podem os fazer pensar que as causas estão nelas.
Além do que, pesquisas em Neurociência mostram que nossas decisões são feitas 11 segundos antes do que nós acreditamos que tivéssemos feito conscientemente. Os valores são guias emocionais que direcionam nossas ações inconscientemente, portanto identificar e esclarecer seus valores é uma ótima maneira de melhor entender suas decisões, e torná-las mais assertivas.
Porém para chegar a esse patamar, o passo anterior é desenvolver sua Inteligência Emocional, que é a capacidade de identificar, reconhecer e gerenciar não somente suas próprias emoções, como também as dos outros, para assim ser capaz de construir melhores relações humanas.
Apesar das emoções acontecerem de dentro para fora, é o ambiente externo que traz os estímulos, interfaceado pelo cérebro, que os recebe, processa e envia a resposta em forma de comandos que desencadeiam comportamentos.
Naturalmente, não temos o controle sobre o ambiente, então o que nos cabe é gerenciar as reações que podemos ter, estimuladas por ele.
Por isso que é importante, sempre que possível, ‘enriquecer’ o ambiente em que estamos, para recebermos os estímulos os mais positivos possíveis, para que assim tenhamos mais experiências igualmente positivas. Quando isso não é possível, podemos experimentar o oposto, para o que chamamos de ‘tóxico’, e isso também pode se aplicar ao ambiente de trabalho.
Mais um motivo para investir em autoconhecimento, pois se você se sente incomodado/a no trabalho, mas não sabe exatamente o porquê, possivelmente também não será capaz de melhorar sua vida profissional, e isso vai impactar também na sua vida pessoal.
Porém, quando você sabe com nitidez quais são suas forças e fraquezas, e começa a entender quais são os estímulos do ambiente que são capazes de alterar o seu comportamento, você se torna capaz de se monitorar, e passa a usar ambos fatores, internos e externos, em seu próprio favor.
Sim, autoconhecimento é um ato de coragem!
Pode parecer desafiador no início, mas não desanime. À medida que você der pequenos passos, comprometidos a aumentar o seu autoconhecimento, mais fácil fica. Você verá que autoconhecimento tem muito mais a ver com admitir autorresponsabilidade, do que presumir que já não tem mais nada a aprender (principalmente quando se refere a si próprio/a).
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𝗦𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗺𝗶𝗺:
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